Um terremoto de magnitude 7,5 abalou a Passagem de Drake na madrugada de 22 de agosto de 2025, despertando alarmes de tsunami nas margens chilenas e argentinas. O sismo foi registrado às 23:16 (horário local da Argentina) por United States Geological Survey (USGS), que inicialmente havia indicado magnitude 8,0 antes de rever os dados. A profundidade foi de 10,8 km, a cerca de 710 km a sudeste de Ushuaia, na Argentina.
Contexto sísmico da Passagem de Drake
A região da Passagem de Drake, localizada entre o extremo sul da América do Sul e a Península Antártica, está situada na confluência das placas Antártica, Sul‑Americana e Scotia. Essa zona de subducção faz parte do famoso Anel de Fogo do Pacífico, responsável por alguns dos maiores sismos da história, como o terremoto de Valdivia (9,5 em 1960). Embora a passagem seja mais conhecida por suas tormentas marinhas e correntes intensas, a atividade tectônica ali é igualmente perigosa.
Segundo o German Research Centre for Geosciences, outro tremor de magnitude 7,8 ocorreu no mesmo setor em setembro de 2025, indicando que a área está em um período de elevada agitação sísmica.
Detalhes do terremoto de 22 de agosto de 2025
O evento foi catalogado como M 7.5 - 2025 Southern Drake Passage EarthquakePassagem de Drake no banco de dados da USGS (identificador us6000r2xq). A magnitude foi revisada de 8,0 para 7,5 após análise das ondas sísmicas registradas pelas estações costeiras da Argentina e Chile.
Apesar da profundidade rasa, o sismo foi sentido em localidades costeiras de ambos os países, gerando pânico momentâneo entre pescadores e equipes de pesquisa que operam em bases antárticas. Nenhum dano estrutural significativo foi registrado, mas a vibração foi suficiente para ativar protocolos de emergência.
Reação das autoridades argentinas e chilenas
Imediatamente após a leitura inicial, o Servicio Hidrográfico y Oceanográfico de la Armada de Chile (SHOA) emitiu um alerta de tsunami para o território antártico chileno. Pouco depois, o Pacific Tsunami Warning Center divulgou um aviso para as costas do Chile, que foi suspenso na manhã seguinte quando as medições demonstraram risco insignificante.
O Oficina Nacional de Emergência (ONEMI), órgão chileno dependente do Ministério do Interior, manteve equipes de monitoramento em prontidão, enquanto o Instituto Nacional de Previsão Sísmica, Vulcanológica e de Relações Atmosféricas e Hidrológicas (INPRES) da Argentina verificou que não havia ameaça imediata aos portos de Punta Arenas ou Ushuaia.
Ambas as nações mantiveram comunicação constante com estações de pesquisa na Antártica, garantindo que eventuais ondas anômalas fossem detectadas a tempo de acionar evacuações se necessário.
Impactos potenciais no clima e na navegação
A Passagem de Drake serve como a rota marítima mais curta entre o Atlântico Sul e o Pacífico, crucial para navios de carga que trafegam entre a América do Sul e a Ásia. Um sismo dessa magnitude pode, em teoria, alterar levemente a topografia do fundo oceânico, impactando correntes como a Circumpolar Antártica. Cientistas da Universidade de São Paulo (USP) apontam que perturbações no assoalho marinho podem influenciar a absorção de carbono e, a longo prazo, contribuir para variações climáticas regionais.
Além disso, o risco de tsunamis, ainda que pequeno, preocupa operadores de navios de pesquisa que dependem de plataformas estáveis para coleta de amostras. A experiência recente reforça a necessidade de sistemas de alerta mais ágeis, sobretudo em áreas onde a cobertura sísmica é esparsa.
Próximos passos e monitoramento
A USGS avisou que a probabilidade de réplicas significativas permanece alta nos próximos dias e semanas, devido à complexa interação das placas tectônicas ali presentes. A rede de sismógrafos do Instituto Geofísico da Argentina está reforçada, e novos sensores submarinos estão sendo instalados para melhorar a detecção precoce.
Especialistas recomendam que comunidades costeiras mantêm seus planos de evacuação atualizados e que a comunidade internacional continue a compartilhar dados em tempo real, evitando surpresas como as ocorridas nas tragédias sísmicas de 2010 no Chile.
Curiosidade histórica
A passagem recebeu o nome do navegante inglês Sir Francis Drake, que, em 1578, foi o primeiro europeu a contornar o estreito que hoje leva seu sobrenome. Desde então, a região tem sido sinônimo de desafios para exploradores, desde tempestades violentas até os atuais temores sísmicos.
Perguntas Frequentes
Qual foi a intensidade real do terremoto na Passagem de Drake?
A magnitude final foi 7,5, medida por sensores da USGS após revisão dos dados iniciais que apontavam 8,0. A profundidade foi de 10,8 km.
Houve risco de tsunami para o Chile e a Argentina?
O SHOA e o Pacific Tsunami Warning Center emitiram alertas preventivos, mas medições de nível do mar mostraram ondas insignificantes, levando ao cancelamento dos avisos dentro de 12 horas.
Como esse sismo pode afetar a navegação comercial?
Alterações no fundo oceânico podem mudar rotas de correntes, impactando o consumo de combustível de navios que cruzam a passagem. Até o momento, as rotas permanecem operacionais.
Qual a probabilidade de novas réplicas?
Especialistas da USGS classificam o risco como "alto" nos próximos 30 dias, especialmente por causa da complexa junção de placas tectônicas na região.
Por que a Passagem de Drake é importante para o clima global?
A passagem conecta as correntes do Atlântico e do Pacífico, influenciando a circulação termohalina. Perturbações sísmicas podem, a longo prazo, modificar padrões de absorção de carbono e a dinâmica do gelo antártico.
Paulo Viveiros Costa
outubro 11, 2025 AT 21:56É inaceitável que as autoridades ainda ignorem a gravidade dos sismos na região.
Janaína Galvão
outubro 12, 2025 AT 03:46O que o público não percebe é que cada tremor nessa zona pode ser o prenúncio de algo muito maior; as agências de alerta parecem estar mais preocupadas em manter a ordem do que em revelar a verdade!; A profundidade de 10,8 km é rasa demais para ser ignorada por quem realmente entende de geologia; Os sensores que foram reforçados recentemente estavam ali desde 2019, mas jamais divulgaram dados críticos ao público; Eles sabem que o aumento da atividade sísmica pode desestabilizar rotas comerciais estratégicas; Evidências de manipulação de dados aparecem quando a magnitude inicial foi anunciada como 8,0 e depois recuada para 7,5 - coincidência?; A presença de bases militares argentinas e chilenas na Antártida sugere um interesse oculto em controle de recursos submarinos; O alerta de tsunami pode ter sido disparado como teste de emergência para medir a reação da população; Se os oceanos realmente começaram a mudar de forma, isso pode afetar a captura de carbono e então os acordos climáticos internacionais; As correntes da Circumpolar Antártica já mostraram variações nas últimas décadas e isso pode estar ligado a esses eventos sísmicos; A comunidade científica internacional fala em "evento de cascata" mas os meios de comunicação evitam o termo por medo de pânico massivo; Ainda assim, a população de Punta Arenas já sente na pele a vibração desses tremores, e isso não é trivial; A USGS tem acesso a satélites que monitoram alterações no leito oceânico, mas esses registros são classificados; Quando não há transparência, nasce a desconfiança - e a desconfiança gera teorias que, muitas vezes, são mais próximas da realidade do que se pensa; Portanto, manter o silêncio institucional só alimenta a ansiedade coletiva.
Pedro Grossi
outubro 12, 2025 AT 09:36Galera, é importante ficar de olho nas atualizações das agências porque a situação pode mudar a qualquer momento.
O reforço de sismógrafos na Argentina vai melhorar a detecção precoce, o que é um ponto positivo.
Mas lembrem‑se de que a profundidade rasa ainda pode gerar consequências inesperadas nas comunidades costeiras.
Vamos apoiar as equipes de emergência que estão trabalhando duro pra garantir a segurança de todos.